quinta-feira, 17 de março de 2016

Messiânico, profeta da "morolização", o Juíz brasileiro Sergio Moro, pensa ser, ou queria vir a ser, o Supremo Magistrado do Brasil. É um caso patológico

A tentativa de golpe no Brasil assume cambiantes nunca vistos nem imaginados em qualquer democracia do mundo. Ontem, tudo ficou bem claro: o chefe, ou um dos principais chefes é o Juíz de Curitiba, Sérgio Moro.
A sua execração e obsessão contra Dilma, Lula, PT, e tudo o que cheire a esquerda, tolda-lhe o espírito e o bom senso, impedindo-o de ser um julgador rigoroso e imparcial.
 Nos seus tempos de estudante, leu bibliografia sobre a operação "Mãos Limpas" em Itália, e ficou fascinado com a história que leu, com alguma superficialidade. Aí, convenceu-se que poderia replicar no seu País, o papel dos magistrados italianos de Milão´e interiorizou poder ser, mais do que um juíz, um Justicialista, um ideólogo de uma justiça de inspiração sobrenatural, não um justiceiro, rigoroso na aplicação da lei, imparcial, rigoroso.
Esta operação "Lava -Jato", que hoje perfaz dois anos, tinha na sua essência objectivos da maior relevância social e económica: combater de forma inexorável a corrupção sistémica e até cultural do Brasil., que começou a minar os pilares da democracia, desviando recursos essenciais para a economia e as tão necessárias políticas sociais,
Tudo indicava que, finalmente, corruptores e corruptos iriam ser exemplarmente punidos, num processo judicial exemplar, tanto mais, que graças ao ex- Presidente Lula, as polícias e magistraturas passaram a dispor dos meios humanos e materiais necessários, e de total autonomia e independência para investigar e julgar. Com Lula, a Ética Republicana tornou-se efectiva no País; a Lei tornou-se igual para todos, e ninguém ficou acima da Lei.
Mas um factor decisivo escapou e comprometeu a eficácia e imparcialidade da operação: o processo foi avocado por um magistrado megalómano, vaidoso, politicamente alinhado, que viu nele a hipótese de executar os seus "sonhos" e poder vir a assumir o papel "messiânico" que ele interiorizara e ficcionara , quando das leituras, conjeturas e elucubrações que fez, do processo italiano.
De repente imaginou poder ser elevado a Herói do seu País e do seu Povo, ficando o nome Moro inscrito a letras de ouro nos anais da história, no cyberespaço, blogosfera, tudo e todo o lugar, onde ganhasse jus à "imortalidade.
Bastava ver a sua imagem, a sua pose, tiques, vestimenta e entoação de voz, para nos apercebermos que o personagem estava ávido de afirmação e reconhecimento, mais do que preocupar-se discreta e humildemente, na condução de uma  operação judicial da maior importância e complexidade.
Por vezes parecia, e parece, estarmos em presença de um qualquer pastor de seita ou igreja de periferia.
A condução desta operação, merecerá seguramente um filme de Spielberg, Ridley Scott, ou qualquer outro diretor de Hollywood.
A discrição foi substituída pela espectacularidade e pelo "show". Todas as operações, buscas, detenções e prisões foram cobertas e publicitadas pelos helicópteros da TV Globo, co-autora deste "golpe" por razões de "share", comerciais, mas também políticas, irmanada nos ódios e ressentimentos contra o operário, que ele , sim, se tornou herói junto dos miseráveis, pobres e remediados do seu País, a quem devolveu dignidade e cidadania.
Conferências de imprensa, dadas por ele e seus "parceiros" da Polícia Federal tornaram-se constantes e obscenas, fazendo divulgações de peças processuais em segredo de justiça, e procedendo a condenações sumárias e populares antes de qualquer julgamento feito no respeito pelas regras processuais conformes com um Estado Democrático de Direito.
A escola de investigação seguida, é do alemão Carl Schmidt, o filósofo do direito de Hitler e do nazismo: fragilizar, os suspeitos, inflacionar e manipular a prova, usar a prisão arbitrária a partir de suspeitas para chega à prova, através de delações imorais e muitas vezes falsas, obter a condenação popular, das massas, mesmo antes do apuramento da prova, em audiência com regras do direito, lisura e isonomia.
Substituindo-se a Benedito Ruy Barbosa, conceituado autor de novelas brasileiras, o "juíz" Moro já tinha escrita a sua novela, em forma de tragédia grega, em três actos, Executados, filmados e amplamente difundidos pela Globo, já estavam o primeiro (a Hibris), com a prisão dos diretores corruptos da Petrobras, e o segundo (a Catarse), com a prisão de empreiteiros e políticos, a quem de imediato, em acções quase sumárias para os padrões democráticos, o juíz começou a aplicar condenações de 12, 15, 20 anos de cadeia; isto, para empurrar os condenados para a fétida delação premiada, com o objectivo de passar à conclusão do terceiro acto, (o Clímax) com a prisão de Lula e o afastamento de Dilma. Quando, já se babando, como um qualquer vampiro esfaimado  saliva só com o cheiro a sangue da vítima, Dilma e o PT tiraram-lhe a putativa "comezaina" das mãos e da boca. O autor enraiveceu. A sua tragédia ficava sem Clímax, incompleta. Ele já não seria o herói global, Aí esqueceu-se que era juíz, com sérios deveres e obrigações, e assumiu o seu papel de golpista, a quem retiraram a possibilidade de executar o planeado golpe. Manda grampear (gravar) as conversas e os telefones da Presidência da República, decisão de exclusiva responsabilidade do foro competente, o Supremo Tribunal de Justiça, mas, insatisfeito ainda, cego de raiva, ódio e frustração, como qualquer criança a quem tiram o brinquedo preferido, igora e desrespeita a última norma sagrada do direito, e por livre iniciativa , viola o segredo de justiça, publicitando as conversas ilegalmente gravadas, da Presidente da República,
Este é o juiz Moro, o "Messias" o "Herói" da direita golpista brasileira, Em qualquer democracia ocidental seria a figura do anti-herói, punido exemplarmente, Impedido de continuar na judicatura por violação grave e reiterada dos seus deveres e obrigações. Utilizando a linguagem vernácula dos brasileiros, este justicialista messiânico não passa de um grande "SAFADÃO"



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