Tino de Rãs, o Tiririca português.

Atenção ao resultados das eleições presidenciais; tudo poderá ficar resolvido na primeira volta a favor de Marcelo, ou numa segunda volta entre o Professor, e Sampaio da Nóvoa, ou Maria de Belém. Mas o interessante vai ser o resultado do Tino de Rãs, o candidato anti sistema, pródigo em palhaçadas e em "non-senses". Tino poderá vir a ser o "Tiririca" português, o candidato, -palhaço conhecido -; que tinha por slogan: Vota Tiririca, pior não fica, e que foi o candidato mais votado nas legislativas do Brasil.
Tino não será, nem de perto nem de longe, o candidato mais votado, mas pela primeira vez, os que não se reveem nesta sistema político, nem nesta democracia, os que geralmente se abstêm, terão uma forma de tentar achincalhar e agitar o sistema, através do voto num candidato excelente para o efeito. Dos 10 candidatos ás presidenciais nada me espantaria, se o calceteiro de Rãs, fosse o quarto mais votado.

Grande entrevista para ser lida no 1º dia do ano

Entrevista notável, imperdível de João Lobo Antunes ao Expresso

O "técnico" que nunca foi politico; por sua inaptidão, 30 anos não foram suficientes para ser político.

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É só escolher e fazer as malas.

Escolham e comecem a preparar a vossa viagem de férias, em 2016

Feliz Ano Novo

Aretha Franklin para todos. Um 2016 prenhe de felicidade

Perdas do BES em 2014 ascenderam a 9,19 mil milhões de euros - Banca & Finanças - Jornal de Negócios

Perdas do BES em 2014 ascenderam a 9,19 mil milhões de euros - Banca & Finanças - Jornal de Negócios

BES/NOVO BANCO: a catástrofe continua; agora veio o "calote".

Depois do estado ter entrado com quase cinco mil milhões, no momento da resolução, que vão custar largos milhões aos contribuintes, e de na semana passada ter havido mais uma fatura de três mil milhões do Banif; eis que, ontem,o  Banco de Portugal, transfere dois mil milhões de obrigações seniores do BES bom para o BES mau, no valor de dois mil milhões, para que o estado não tivesse que entrar com esse valor, no aumento de capital exigido por Bruxelas.
Desta vez não são os acionistas nem os depositantes a perder -  já não podiam perder mais -, mas sim os credores institucionais do banco, ou seja, o que na gíria se chama um "calote".
¿Como é possível uma tragédia financeira desta dimensão acontecer, depois do Presidente da Republica, do primeiro-ministro, da ministra das finanças, do governador do Banco de Portugal nos andarem a garantir a boa saúde do sistema financeiro português?
Recordam-se ter sido esta a questão transcendente posta por Cavaco a Costa para o empossar?
O que é que esta canalha andou a fazer? A brincar com todos nós,numa atitude altamente condenável num estado  democrático de direito, pela qual deveriam responder, política, civil e criminalmente.
Agora, não são os contribuintes que vão pagar, são os credores, mas o custo deste calote, terá custos imensos junto dos investidores internacionais, que passarão a olhar para nós como olhavam para os argentinos. Num momento em que a divida das empresas é maior do que a dívida pública, não haverá capital estrangeiro a emprestar ás nossas empresas o que quer que seja.
Um verdadeiro desastre; uma tragédia. Isto, para já nem falar das dezenas de processos que serão instaurados nos tribunais nacionais e internacionais contra o estado, e que acabarão por ter custos imensos.

O "Rock" ficou mais pobre

Com a morte de Lemmy Kilmister, dos Motorhead, o Rock está mais pobre; perdeu uma das suas lendas.

Leonel Brizola, um dos meus heróis.

http://www1.folha.uol.com.br/poder/2015/12/1723937-heroi-de-dilma-brizola-vira-heroi-da-patria.shtmlUm dos meus heróis; tive o enorme privilégio de ter merecido a sua amizade e de muito ter aprendido com ele. Saudades dos momentos inesquecíveis que com ele passei, no Uruguai, em Porto Alegre e no Rio de Janeiro. Fui orador, o único estrangeiro, no seu ultimo Congresso em Jacarepaguá. Através dele tive a honra de ter sido amigo do grande, enorme, Darcy Ribeiro.

NOS, MEO: Mil e quinhentos milhões de euros, mais euro, menos euro. Um escândalo!

Num momento em que a maioria dos portugueses passou e passa por sacrifícios enormes, o que se passa com os negócios das transmissões televisivas dos clubes de futebol é uma afronta aos portugueses que sofrem.
Tal negócio só é possível face aos lucros obscenos da maioria dessas operadoras, á custa da exploração indecorosa dos clientes, sem que os reguladores e o estado ponham um freio nesta voraz ganância.

O (Ir)revogável Paulo Portas

O irrevogável Paulo Portas só gosta de navegar á bolina, com ventos contrários ele salta do barco, á espera  que, condições favoráveis voltem de novo. Quando o "mar" está chão, ele é o "homem do leme"; quando a procela volta, ele , qual ratazana, é o primeiro a abandonar o barco. Para além desta caraterística, ele é uma mistura de prestidigitador, com saltimbanco.
Já por três vezes saiu, para voltar mais tarde. O mesmo, fez na crise do "irrevogável", para regressar como vice-primeiro ministro.
Foi este oportunista, que se serviu da direção do famigerado "Independente" para linchar os alvos políticos que ele escolheu, para ascender na política, á custa das pulhices que urdiu.
Bom seria que agora ele saísse de vez, mas pelo seu passado é legítimo pensarmos que se trata de mais uma das suas useiras piruetas.

Os "machos" latinos que se cuidem!

Em Portugal procedeu-se a uma alteração do código penal, que passou praticamente despercebida, criminalizando os piropos com uma moldura penal até 3 anos de prisão. A partir de agora há que mastigar emoções e engolir em seco. Caso contrário, o presídio acolherá os "violadores" verbais.
Grande vitória dos cada vez mais poderosos movimentos feministas.

A violência no Brasil

Cinquenta mil homicídios por ano. Uma verdadeira tragédia humana, num país maravilhoso, um dos últimos paraísos na terra, que tinha e tem tudo para dar certo. A droga e as armas á solta estão na origem desta situação que custa tantas ou mais vidas humanas do que muitos dos conflitos armados que proliferam pelo mundo.
A população vive fechada e apavorada dentro das casas, transformadas em "presídios", enquanto os bandidos se passeiam, armados, matando impunemente.
Tudo isto perante uma camada dirigente minada pela corrupção desenfreada, onde a ética é vergastada a cada segundo. A desmoralização, desde as forças de segurança, ao povo é total.
"Quo Vadis Brasil"?

Morreu Ellsworth Kelly

O mundo da arte perdeu um dos seus maiores expoentes. Com a morte de Ellsworth Kelly figura marcante do abstracionismo o mundo das artes plásticas fica mais pobre.

O "Muro" de S. Bento começa a cair

Todos os dias, desde a tomada de posse do novo governo, temos vindo a assistir ao principio da derrocada do "muro" de suporte político do governo, ao ponto de já ter sido o PSD, por duas vezes, a dar o apoio parlamentar recusado pelos neófitos apoiantes. No inicio, acreditei que a coligaçao teria condiçoes para aguentar metade da legislatura; mas, agora, começo a ficar pessimista, dada a guerra entre Bloco e PCP pela supremacia do espaço político á esquerda do PS.
Desta vez foi o candidato presidencial da CDU aparecer em publico dizendo: Costa faz a política do antigamente. Mais uma pedra do muro caiu. Mas, quanto a retrospetivas, temos que sublinhar que o problema desta solução á esquerda reside na fidelidade dos comunistas ao leninismo. Vivem com um século de atraso, em termos ideológicos.

No Brasil, o "Reveillon" é vivido num clima de Carnaval, na política.

No Brasil, o ano está a virar, num ambiente de Carnaval politico, tamanha a fantochada em que o País se transformou. Políticos e empresários, ou já estão na cadeia, ou para lá caminham a curto prazo, desde as mais altas figuras do estado, até aos donos das maiores empresas. Instalado, pela justiça, um clima premiado de delação, todos denunciam todos, tornando gigantesco e trágico o quadro de corrupção que está plasmado nos sistemas politico, económico e financeiro.
A crise moral é devastadora para a força anímica do povo que deixou de acreditar em tudo. Só com uma verdadeira refundação do estado, seus pilares e atores políticos será possível tal desiderato. A não ser que, como dizia a Doutora Ferreira Leite, se pudesse interromper a democracia por uns momentos.

Jeremy Corbyn, em Lisboa; será que o PS vai abandonar, definitivamente, o centro?

O líder radical do Labour virá a Lisboa, no principio de Janeiro, a convite do PS, para participar na campanha contra a austeridade. Poderia também ser convidado pelo Bloco e pelo PCP, tamanha a aproximação ideológica com estes dois partidos. Mas, nada a opor ao convite a Corbyn, embora veja com enorme preocupação que o PS esteja tentado a abrir mão do "centro" político, oferecendo-o de bandeja ao PSD. Se assim for, isso terá custos políticos enormes, no próximo futuro, sendo o PCP e o Bloco os grandes beneficiários, porque, está provado,  os eleitores á esquerda preferem o original á cópia.

Paulo Macedo: "O ministro mais competente"

Mais vale cair em graça do que ser engraçado, assim o diz, um bem conhecido adágio popular. Durante os últimos anos só líamos e ouvíamos ser, Paulo Macedo, ministro da saúde, o governante mais competente. Bastava visitar qualquer hospital publico, ou centro de saúde, para percebermos a inverosimilhança de tal informação. Mas, agora, com as mortes do S. José por falta de neurocirurgiões, nos fins de semana, - que custaram vidas que poderiam ter sido salvas - situação de que Paulo Macedo tinha sido avisado, há mais de dois anos,  chegamos á triste conclusão, que afinal, o mais competente, em qualquer estado de direito, digno desse nome, estava agora a ser acusado de homicídio, por negligência.

Serviços básicos subiram 25% desde 2011, salários nem 2%.

A degradação das condições de vida dos portugueses, designadamente dos mais desfavorecidos e da classe média, foi brutal nos últimos 4 anos. Diziam-nos que esses sacrifícios que nos foram exigidos eram para salvar Portugal da bancarrota. Afinal, eram só para salvar a banca rota!

Quem quer ser milionário? Banif, um escândalo atrás do outro!

Notícias de ultima hora dão-nos a conhecer, que a "corja" gestora, que conduziu o Banif ao desastre, vai sair com um milhão de euros de indemnização? Um escândalo. Uma aberração. Uma intolerável imoralidade. Pelos vistos, quem quiser ser milionário, não tem que participar em qualquer concurso televisivo. Basta levar um banco á falência.

Um Natal bem triste!

As notícias de Natal são terríveis; só no Hospital de S. José, em Lisboa, morreram no mínimo 5 pessoas, no ultimo ano, que tiveram a dupla desdita de sofrer o rebentamento de aneurismas, durante os fins de semana, e terem que esperar pela segunda-feira, por um neurocirurgião, dado que face aos cortes da austeridade, na saúde, esse hospital, não dispunha de nenhum para proceder a esse tipo de cirurgias. Com a espera, no mínimo, morreram cinco cidadãos deste país.
A Troika, impôs um corte de mil e quinhentos milhões de euros no SNS, que conduziu a esta trágica situação, e a muitas destas, ou similares, ainda não descobertas, ou publicitadas. Entretanto, a mesma Troika, que vasculhou incessantemente os bancos, não impôs as medidas necessárias e urgentes, e só em dois bancos, o BES e o Banif, voaram 10 mil milhões. Não há adjetivos para qualificar estas arbitrariedades e desumanidade. Salvar bancos é muito mais importante do que salvar vidas humanas.
Por isso, enquanto notícias destas surgirem, em Portugal, só por hipocrisia e descaramento é que os nossos políticos, com o PR á cabeça, podem aparecer nas televisões desejando-nos um Feliz Natal.

Já cheira a novas eleições; a água nunca se pode misturar com o azeite.

Triste o episódio dado hoje pelos partidos populistas, PCP, BE e CDS/PP, ao votarem contra a proposta de orçamento retificativo apresentada pelo governo. Como partido populista que é, o CDS/PCP não tem ponta de vergonha: co-responsável que é, pela criminosa gestão do caso Banif, tentou hoje sacudir a água do capote, votando contra, com uma argumentação canalha.
O PC e o Bloco não conseguem deixar de ter como prioridade as suas agendas partidárias, que por mais românticas que sejam, são incompatíveis com as nossas responsabilidades europeias. Nada aprenderam com o Siriza e com a Grécia, e insistem numa via que a ser seguida, por mais melodiosa que seja a sua apresentação, nos conduziria ao descarrilamento, que obrigou os gregos, em dose única, a terem que engolir todo o referendo, e a ficarem numa situação mais critica e difícil.
Este governo nasceu pois, com um pecado original: acreditar na alquimia da mistura da água com o azeite, mas quando PCP e BE desafiaram o PS a formar governo, acreditei que pudessem manter em letargo, por algum tempo, as suas agendas ideológicas, em nome da governabilidade do governo recém-empossado. Mas o objetivo prioritário do PCP é voltar a ultrapassar em votos o Bloco, que por sua vez tem como objetivo vir a ultrapassar o PS e ser o referente da esquerda portuguesa. Por isso, não há governabilidade que resista a estes impulsos que advém da natureza de cada um destes partidos. PCP e Bloco são leais aos seus objetivos, não aos seus aliados. Eleições anunciam-se!

Crónica de uma morte anunciada: "Até quando vamos ter governo"?

Com três semanas de governação, ainda em período de "lua de mel", já temos a primeira ameaça de "divórcio" entre o governo PS e os seus "apoiantes á esquerda".
O governo acaba de herdar do anterior governo, um "dossier" explosivo" que, por razões eleitorais, tinha de todos sido sonegado.
No quadro das nossas responsabilidades na União Europeia, a solução encontrada para o Banif foi a menos má de todas; a alternativa era a falência do banco, com a perda de 1600 postos de trabalho e dos depósitos dos depositantes do banco, bem como o colapso da economia das Regiões Autónomas da Madeira e dos Açores.
PCP e Bloco de esquerda tem total legitimidade para contestarem esta medida de resolução, exigindo o apuramento de responsabilidades numa comissão de inquérito parlamentar, mas não podiam nem deviam na votação do orçamento retificativo exigido, deixar o governo nas mãos da direita que, por má consciência, não o pode rejeitar.
Só que a luta entre o PCP e o Bloco de Esquerda pela supremacia dos votos á esquerda do PS, é uma luta sem tréguas, muito mais importante do que a saúde e a vida deste governo, que para eles é uma questão meramente tática e instrumental. Temos um "Requiem" anunciado, precocemente.

Cada português já deu 1350 Euros para salvar bancos.

É um verdadeiro escândalo. Foram exigidos aos portugueses sacrifícios brutais, através de um choque cego e desumano de austeridade. Cortaram-se serviços e apoios sociais e financeiros essenciais para as famílias e as empresas. Voltou a fome ás crianças que tem na escola, muitas delas, a única refeição quente que comem diariamente. Encurtou-se a vida de muitos idosos, que com o corte nas pensões deixaram de ter condições de comprar os seus medicamentos, fazerem uma alimentação adequada, e poderem-se agasalhar e aquecer nos invernos. Tudo isto perante a total impunidade dos bancos e seus gestores. Cada português já pagou 1350 Euros para salvar bancos enquanto os seus gestores e maiores acionistas se passeiam impunemente em liberdade. Não é possível exigir sacrifícios a uns e ter a maior das indulgências com os outros. Esta gente tem que ir para a cadeia: - Oliveira e Costa, João Rendeiro, Ricardo Salgado Jorge Tomé, Luís Amado e todos os demais gestores responsáveis por estes crimes de colarinho branco que, ficando impunes, geram o total descrédito da população em relação ao Estado e suas instituições.

Mais uma grande vigarice do governo Passos/Portas

Viemos agora a saber que o adiamento da resolução do caso Banif que irá custar aos contribuintes portugueses quase dois mil e quinhentos milhões de Euros ficou-se a dever a uma vigarice do anterior governo para enganar as autoridades europeias e os mercados, de forma a que o governo pudesse assumir a fraude eleitoral da saída limpa do país, do programa da Troika. A isto chama-se crime. Punam-se os prevaricadores politica e criminalmente. Percebe-se agora a pressao do governo na recondução de Carlos Costa, no BdP; precisavam da manutenção do cúmplice desta vigarice. Corra-se com ele, imediatamente.

Uma prenda de Natal de 250 Euros para cada português

Com a resolução encontrada para o Banif, mais uma armadilha resultante da incompetência do governo Passos/Portas, caberá a cada português suportar, dos seus impostos 250 Euros, por cabeça.
Que "boa prenda" de Natal nos é dada pela coligação da direita. E agora o que dizem os fanfarrões que nos (des)governaram e todos os seus múltiplos acólitos? Onde esteve a competência de Maria Luiz Albuquerque - espécie de serviçal do senhor Schauble - e do presidente do Banco de Portugal, que tanto nos garantiam a estabilidade do sistema financeiro, sem nada terem aprendido com os casos BPN, BPP, BES? Uma canalhada incompetente e mentirosa que uma vez mais enganou os portugueses, na tentativa de se perpetuarem no poder! E Carlos Costa?  Como poderá continuar como presidente do Banco de Portugal, quando acaba de perder toda e qualquer credibilidade?
Triste país o nosso.

Espanha ingovernável, á beira de novas eleições

O resultado das eleições em Espanha, bem diferente do que aconteceu em Portugal, deixa o país próximo da ingovernabilidade. O bipartidismo, no sentido tradicional do termo, acabou, mas das eleições resultaram, em vez de dois partidos dominantes, dois blocos ideologicamente opostos, sem que nenhum deles consiga formar uma maioria para governar. O único pacto que poderia dar estabilidade só poderia resultar do entendimento entre os dois grandes partidos tradicionais, PP e PSOE, um governo de grande coligação, que se no Norte e Centro da Europa é normal, no Sul, é praticamente impossível. Assim, a Espanha fica á beira da ingovernabilidade, com novas eleições, num horizonte de curto prazo.

BANIF: "Mais uma boa herança que Portas e Passos Coelho nos deixa"

O Banco de Portugal acaba de anunciar a venda do Banif aos espanhois do Santander, por 150 milhões de Euros. Entretanto o Estado português (todos nós) entra com 2 mil  duzentos e cinquenta milhões. Mais uma grande herança que a direita deixa aos contribuintes portugueses.

FMI e a dívida portuguesa; a Troika andou a brincar conosco.

Tantos ataques sofri, nas redes sociais quando, há 4/5 anos, publiquei artigos de opinião em jornais de referência dizendo, que jamais sairíamos do buraco em que estávamos, e conseguiríamos cumprir o que os credores nos exigiam, sem uma reestruturação de parte da nossa dívida. Irresponsável, aventureiro, esquerdista, foram os adjetivos mais simpáticos com que fui brindado. O governo subserviente da direita andou de gatas, lambendo as botas dos que nos estavam a impor uma receita, em que não morrendo da doença morreríamos da cura. Isto, para não falar dos "opinadores" económicos, com o inefável José Gomes Ferreira á cabeça, a massacrarem-nos com as virtualidades e a inevitabilidade da austeridade cega a que nos estávamos a submeter. Hoje, depois dessas medidas, temos uma dívida pública maior do que a que tínhamos quando começou o chamado programa de assistência, a classe média destruída, serviços essenciais, como a saúde, segurança social e justiça, de pantanas, o desemprego e a precariedade incontroláveis, e "last but not the least" a emigração maciça de milhares dos nossos jovens e quadros melhor preparados.
Agora, aparece o FMI a dizer o que este irresponsável dizia á época: -"Foi um erro ter-se iniciado o programa de assistência a Portugal, sem se ter reestruturado primeiro uma parte da divida portuguesa.
O triste foi ter sido necessário fazerem-nos tantas malfeitorias e deixarem a nossa economia em estado de coma, para chegarem a uma conclusão tão óbvia, desde o inicio.

Sem um aprofundamento da construção europeia cada vez a "cova" será mais funda.

Muitos se questionam e me questionam sobre o "milagre" europeu que tarda em aparecer. Para a Europa sair do buraco profundo em que se encontra, não são precisas soluções metafísicas, basta que a Europa abandone este comportamento "esquizoide" e caia na realidade. Reflita. Pense profundamente nos porquês desta crise dramática, em que a Europa transformou a crise do "sub-prime", na mais dramática crise das dividas soberanas. Reflita no porquê do recrudescimento dos nacionalismos, por todo o continente. Em França, a extrema direita é o maior partido, bem posicionado para ganhar as próximas presidenciais. O maior problema da Europa reside na falta de um pensamento europeu, na fuga permanente da realidade. Nas suas políticas totalmente inadaptadas e erradas, senão vejamos:
- uma moeda única com 19 dividas publicas diferentes; 19 taxas de juro diferentes sobre as quais os mercados podem livremente especular; 19 politicas fiscais diferentes para as empresas, em concorrêncía desabrida umas com as outras e, tudo isto, sem uma plataforma social e educativa comuns. Assim, não iremos lá, jamais, quer-se pronuncie em português, ou francês. JAMAIS!

A (des) União Europeia!

Mais uma cimeira europeia, mais um falhanço, mais uma demonstração de incapacidade e falta de solidariedade, mais um passo na direção do abismo. Enquanto milhões de refugiados do conflito sírio continuam errando por aí, atravessando mares, continentes, países, morrendo afogados aos "cardumes", no mediterrâneo, a União Europeia profundamente desunida por egoísmos nacionais, e por falta de lideranças, dignas desse nome, não é capaz de encontrar uma solução compatível com a complexidade dramática deste problema. A continuar assim, e nenhum sinal nos é dado de que possa mudar, só podemos esperar o pior para este projeto político que desde 1945 permitiu á Europa viver em paz, reconstruir-se e desenvolver-se. Só que os estadistas de então sumiram, para darem lugar a uns simulacros de líderes.

A TAP não é só negócio; Costa tem razão.

Foi vergonhoso que um governo em gestão, chumbado no Parlamento, tenha assinado o contrato de venda da TAP, a um empresário americano/brasileiro, prolixo, e um pouco aventureiro, e a um testa de ferro português, Humberto Pedrosa, dono da Barraqueiro e concessionário da Fertagus, Metro Sul do Tejo, etc. Não que a TAP não deva abrir o seu capital á iniciativa privada e ao capital nacional, ou internacional, mas dada a sua transcendência estratégica para um país, com uma enorme diáspora espalhada pelo mundo, ( que continua a enviar para a sua pátria, anualmente, milhares de milhões de euros), que visita Portugal com frequência, com uma parcela insular do seu território, com a sua ligação aos PALOP, e com a importância estratégica de não abrir mão do aeroporto de Lisboa, como um "hub", o estado português não pode abrir mão do controle da empresa. Os privados podem ficar com 49%, quiçá com o controle de gestão, mas a TAP não pode ser vista, somente, na perspetiva de negócio. Para Portugal é uma peça importante da nossa soberania. Daí, não se perceber bem a pressão publica e politica que os senhores David Neelman, Humberto Pedrosa e Fernando Pinto estão a fazer, para manter uma posição que lhes foi outorgada de forma precária e inaceitável, num processo que teve tudo, menos transparência negocial.
António Costa, hoje, em Bruxelas, respondeu-lhes bem: - "Com negociação ou sem negociação o estado português não abrirá mão da maioria de capital, na TAP".

O "Paraíso" de Mourinho terminou

Desde que decidiu "trincar" a maçã da Eva, Mourinho caiu em desgraça no Chelsea. Foi imprudente, não seguiu a lição bíblica, e, de vez em quando, a história repete-se.

Brasil: "Um manicómio em auto- gestão"

Com a crise económica e política instaladas de forma devastadora, e com as instituições tomadas de assalto pela corrupção, pelo "gangsterismo" político e pelo crime organizado, a Justiça tomou as rédeas do País, e tornou-se num superpoder, que age de forma absolutista, invadindo todas as áreas que tem a ver com o mexer e pulsar do País.
Assim, os juízes decidiram proibir durante 48 horas a utilização do "whatsApp" no país, em defesa das operadoras de telefonia móvel.
P.S. - o País está cheio de escândalos de corrupção nas magistraturas. Bateu no fundo!!!

"Turbulência" permanente entre o governo PS e os partidos á sua esquerda?

O povo, com a sua proverbial sabedoria diz: "O que nasce torto, morre torto"! Sabemos que o parto que antecedeu o nascimento deste governo foi difícil, dadas as diferenças entre as três "parteiras" que o assistiram. Temos consciência de que o "nascituro" ficou na incubadora. Sabemos que há diferenças consideráveis entre os partidos sobre questões da maior relevância, e que essas diferenças não se apagariam face á coligação negativa, que tinha como único objetivo estratégico o derrube do governo da direita. Sabemos também que tais diferenças exigirão um trabalho, sensível e difícil, de "cerzir" os buracos que se irão abrindo, para prolongar a vida deste governo, mas, caramba, divergir de tudo não augura nada de bom. Diverge-se sobre o salário mínimo, diverge-se sobre a TSU, diverge-se sobre os exames de avaliação  no 6º e 9º anos, diverge-se sobre tudo e sobre nada. Assim, a "criança" não sairá da incubadora.

A "mama" está a acabar!

A Reserva Federal dos Estados Unidos tomou ontem a decisão "histórica", ao fim de sete anos, de aumentar o custo do dinheiro, com o agravamento das taxas em um quarto de ponto. Como dizia um conhecido economista: "Quando a América espirra, a Europa apanha uma pneumonia", tamanha a interdependência entre as duas economias.
O Banco Central Europeu garantiu prosseguir a politica do "quantitative easing", pelo menos até a Primavera de 2017, mas é tempo do Estado português e das empresas começarem a fazer as suas previsões tendo em vista o agravamento, que se aproxima, das taxas de juro.

Um primeiro debate sofrível entre Costa e oposição de direita

O primeiro debate no Parlamento entre António  Costa e a nova oposição de direita não foi entusiasmante; nem Costa é um grande "tribuno", nem a oposição consegue por de lado a sua enorme raiva, o que lhe retira eficácia e discernimento. Portas voltou a ser histriónico, a roçar o histerismo político, e se Passos Coelho não corta o "cordão umbilical" com o CDS, não terá a mínima chance de voltar ao poder. Quem brilha e se projeta eleitoralmente nestes debates é Catarina Martins, a grande ameaça para o PCP.

O Brasil á beira da implosão política

Com todos os principais dirigentes das maiores empresas na cadeia, senadores, deputados, ex governantes, e atuais governantes a serem investigados, e a terem as suas casas e escritórios a sofrerem buscas da Polícia Federal, com o processo de "impeachment" á Presidente da Republica e de afastamento do Presidente da Câmara dos Deputados, aprovados, com os dois maiores partidos que apoiam o Governo, o PT e o PMDB, com todos os seus principais dirigentes sob suspeita e investigação, o Brasil está á beira da implosão.

Sócrates, os portugueses exigem conhecer toda a verdade.

Sócrates reapareceu, numa entrevista bem preparada, na TVI, cenário onde se sente como "peixe na água". Independentemente do mérito da causa, a Justiça tem andado mal neste processo, tornando-se a melhor aliada da "narrativa" e dos ataques violentos que contra ela Sócrates tem desferido.
A politização da Justiça não me surpreende. No melhor pano cai a nódoa! O ódio das magistraturas e dos magistrados a Sócrates tem data - o dia em que José Sócrates como primeiro ministro acabou com os meses de férias judiciais de que, escandalosamente, os magistrados beneficiavam. Nesse mesmo dia, avisei-o: - compraste uma grande guerra.
 Mas apesar de tudo e de todas as nebulosas, que são muitas, que pairam sobre as investigações, os portugueses exigem que se esclareça toda a verdade.
Eu só precisava de ver esclarecida uma questão para formular o meu juízo - quando confrontado com uma vida e despesas sumptuárias para quem vivia de um ordenado de chefe do governo, Sócrates justificou-se com uma herança significativa que sua Mãe tinha recebido. Esclareça se se tal herança existiu e qual o seu montante. Custará muito fazê-lo? Sim, porque se tal herança nunca existiu, a defesa de Sócrates cai por terra e estaremos perante uma situação penal explosiva e  que tem que ser exemplar. Se existiu, parem com este folhetim. ´E tão fácil como isso.

Banif, um novo BES e BPN; mais uma "prenda de Natal" para os portugueses

Mais um escândalo bancário está aí. Depois do BPN e do BES que já custaram milhares de milhões aos portugueses, chegou agora a vez do Banif, que está em vias de falência e de encerrar portas. As ações chegaram ao descalabro de valer 0, 00009 Euros, isto numa instituição que recebeu do Estado, para se reestruturar, mais de mil milhões de Euros. A auditora internacional PwC vem dizer que avisou o Banco de Portugal e a Ministra Maria Luís Albuquerque, em Setembro, da situação explosiva que o referido banco estava a viver. A ministra das Finanças andava preocupada em esconder os buracos aos portugueses, para melhor os enganar, tendo em vista as eleições de 4 de Outubro; lembram-se da promessa de devolução do complemento do IRS? O Banco de Portugal, esse nada regula, nada supervisiona. Não passa de um cartório notarial, para avalizar falências e resoluções. "Valha-nos Deus"!

Os socialistas franceses foram os vencedores morais das eleições regionais

Ao desistirem a favor dos candidatos da direita, de Sarkozi, na segunda volta das eleições regionais, em França, os socialistas franceses, verdadeiros republicanos, impediram que a extrema direita de Le Pen ganhasse a maioria das regiões, contrariando a irresponsável estratégia do nim-nim, do ex presidente da Republica. Se os socialistas tivessem agido com a mesma dose de irresponsabilidade, Martine Le Pen e a extrema direita teriam ganho essa eleições, em toda a linha.
Assim, Sarkozi ganhou a maioria das regiões, mas os vencedores morais, os que colocaram a República á frente dos seus interesses, foram os socialistas franceses.

Pinto da Costa proíbe entrada de Rui Rio no Dragão Caixa; está tudo doido.

O poder discricionário de alguns dirigentes desportivos tornou-se obsceno. A SIC tinha alugado, há meses, o pavilhão desportivo do FCP, para realizar, em parceria com a CGD uma conferência sobre economia. Hoje de manhã, ao tomar conhecimento de que um dos oradores era Rui Rio, ex -autarca da cidade, com quem o clube está em guerra desde o inicio da sua presidência, Pinto da Costa proibiu a sua entrada nesse espaço, obrigando a SIC a mudar, à ultima hora,  a realização da mesma para um outro espaço da cidade.
Até quando vamos permitir estes abusos e este poder discricionário por parte destes "dirigentes" desportivos?

Já não há pachorra para estes brasileiros! Agora é a vez de Lula dizer baboseiras.

Adoro o Brasil, um país idílico, maravilhoso, mas ás vezes é difícil, para um português que gosta de estar informado, lê jornais e ouve notícias, estar neste paraíso. O Brasil tem a pior classe política e as piores elites do mundo, mergulhadas na corrupção mais profunda e endémica, no fisiologismo, no oportunismo e na superficialidade.
Sempre que há uma crise politica, económica, financeira, um escândalo de corrupção, uma qualquer safadeza, vigarice ou aldrabice cromossomáticas, logo aparecem editoriais nos jornais, ou artigos subscritos por intelectuais, a responsabilizarem os portugueses por todos esses desmandos.
Como qualquer potencia colonizadora, cometeram-se erros, alguns graves, durante a nossa presença nessa "colónia", mas há uma herança enorme que lá deixamos que redime e apaga todos esses erros: - deixamos um subcontinente gigantesco, unido num só estado e com uma única língua. Outros colonizadores deixaram o território que ocuparam, dividido numa plêiade de países, muitas vezes conflituantes e beligerantes entre si. Cometeram-se alguns crimes, como a escravatura e outros, que, á luz de hoje, constituiriam violações graves de direitos humanos, mas não chacinamos populações indígenas inteiras, como fizeram os espanhóis com os "aztecas".
Mas, agora, apareceu Lula, numa conferência em Madrid responsabilizando os portugueses pela péssima qualidade do sistema de ensino brasileiro. Dizendo que não criamos universidades, o que nem é verdade, porque criamos inúmeras instituições de ensino superior, com outras designações.
Mas é mais fácil procurar bodes expiatórios do que assumir as nossas próprias responsabilidades.
Porque não assume Lula que o que a classe política e as elites brasileiras roubaram, desde que os portugueses saíram do Brasil tinha dado para um investimento maciço na educação e na criação de centenas de universidades, podendo com esse dinheiro roubado ter o Brasil um dos melhores sistemas de ensino do mundo?
Começa a não haver pachorra para este alijar de responsabilidades próprias, responsabilizando os portugueses, que já saíram do Brasil há seculos.
Invistam o que roubaram e roubam em escolas e universidades e poderão ter um sistema de ensino de primeiro mundo, e não de terceiro mundo, como hoje acontece.

A guerra já está instalada entre o PCP e o Bloco de esquerda

Já se sabia que PCP e Bloco de Esquerda disputam eleitor a eleitor para serem a força mais representativa à esquerda do PS, posição hoje ocupada pelo BE, e anteriormente, pelo PCP.
A rivalidade é de tal ordem que por isso não foi possível a assinatura de um protocolo único de apoio ao governo PS.
Tínhamos plena consciência que esse combate político iria ser contundente, lá para meados da legislatura, com cada uma dessas forças a apresentar propostas mais radicais e fraturantes do que a outra, para com isso potenciar o respetivo proselitismo. O que não esperávamos é que isso começasse uma semana após o inicio em funções do novo governo. No seu programa, o PS defendia que o salário mínimo atingisse os 600 Euros até ao fim da legislatura. O BE discordou, mas na defesa da estabilidade do governo, que está a dar os primeiros passos, aceita o gradualismo da proposta socialista. O PCP, para entalar o BE, avançou já com uma proposta, no Parlamento, de aumento imediato para esses seiscentos euros, mas, com esta "guerrilha" quem mais poderá ser entalado é António Costa e o seu governo. Isto, nada augura de bom para a saúde e longevidade do novo executivo.

Arábia Saudita (Estado Islâmico)

Da Arábia Saudita vem, também, boas noticias: pela primeira vez as mulheres podem votar e serem eleitas nas eleições autárquicas, que estão a decorrer; uma luzinha no fundo de um túnel tenebroso, porque quando falamos no Estado Islâmico (Daesh), esse estado islâmico é a Arábia Saudita, Pai, Mãe e financiadora dessa terrível ameaça que estamos vivendo, no ocidente.

Bebamos um copo pela COP21

Boas notícias vem de Paris. Parece que os lideres mundiais começaram a sentir "o fogo no rabo". Se se perdesse mais esta oportunidade caminharíamos, inexoravelmente, para a catástrofe ambiental. Se forem consagradas as metas vinculativas e o envelope financeiro de 100 biliões, daremos um passo de gigante para que os nossos descendentes não morram carbonizados nem afogados. Só falta a assinatura nas próximas horas para encararmos o futuro da humanidade com uma esperança redobrada.

Mário Nogueira, voilá!

Mal o novo governo PS, apoiado pelo PCP, tomou posse, com os ministros a "ambientarem-se" aos gabinetes, e começam a ser despoletadas ameaças de greve, nos mais variados setores.
Agora, é Mário Nogueira, da FENPROF, a avançar com a ameaça de greve dos professores de ensino artístico. Se há problemas candentes em aberto, o bom senso mandaria pedir, aos ministros respetivos, reuniões urgentes, para que os mesmos possam ser resolvidos.
Insistir neste caminho, da ameaça de greve prévia á negociação, tique da FENPROF e dos sindicatos comunistas, contribuirá para um desgaste brutal da imagem do governo, cuja insistência, acabará por minar a sua credibilidade.

Acabaremos calcinados!

As noticias que vem de Paris, da Cimeira do clima são preocupantes. Enredados em questões financeiras e economicistas, os redatores do documento final retiram o principio fundamental das decisões serem vinculativas. O que significa que pouco ou nada mudará, enquanto o mundo caminha para o desastre ambiental. Assim sendo, deixaremos aos vindouros, não um planeta sustentável, mas um crematório coletivo.

Porto eliminado da Champions

O Futebol Clube do Porto que teve "o pássaro na mão", da passagem à fase seguinte da Champions, foi eliminado com duas derrotas humilhantes com o Dínamo de Kiev, no Dragão, e, hoje com o Chelsea.
O rosto das derrotas e da humilhação tem nome:- Julen Lopetegui. O treinador basco foi um desastre na armação e controle da equipa. Se o Presidente do Porto o mantiver em funções, o Porto arrisca-se, pelo segundo ano consecutivo, a nada ganhar. Este basco é de bradar aos céus, pela incapacidade tática e estratégica reveladas. Qualquer treinador português faria melhor com um plantel que custou milhões e milhões de Euros.

CIP, CCP, CAP e demais patrões no lugar da CGTP

Com o novo governo PS, apoiado pelas esquerdas, vamos assistir a uma inversão de papeis, com as confederações patronais a assumirem a postura de contestação e radicalização até aqui desempenhada pela CGTP. Estas organizações patronais e os seus "lideres", que conheço como as minhas mãos estavam habituadas ás boleias que os governos de direita lhes dão, quando estão no poder, vivem aterrorizadas com a negociação séria e a arbitragem necessária que é exigida pelas concessões escandalosas que lhes foram dadas pela Troika e pelo tandem Portas/Passos Coelho.
Agora vão ser os patrões a apostarem "no quanto pior melhor". Desdita a nossa com parceiros destes.

O Brasil á beira do precipicio

É com enorme preocupação, que assisto, aqui no Brasil ao "casamento" explosivo, entre uma profunda crise económica, e uma crise política ainda maior.
Desde os anos oitenta que acompanho a par e passo a vida deste enorme "gigante", quer pelas funções sociais que ocupei, quer pelas responsabilidades que tive quer na Europa, quer nas Nações Unidas (OIT).
País com enorme potencial endógeno, integrante dos BRICS, todos pensavam que o Brasil tinha levantado "asas", para um voo sem interrupções nem aterragens bruscas, só que todos minimizaram a existência de uma das piores classes politicas dirigentes do mundo, sem ética, sem moral, sem valores, cimentada no fisiologismo, e na corrupção endémica.
O Estado tem vindo a ser pilhado, e o ordenamento jurídico e institucional é de tal forma disfuncional, que sem uma profunda "revolução" o País será ingovernável.
Para toda esta catástrofe, os intelectuais brasileiros e os editorialistas dos principais orgãos de comunicação responsabilizam a colonização portuguesa. É preciso ter um grande controle emocional, para assistir a uma bravata destas, sem reagir. Mas, como cidadão estrangeiro (gringo) como eles nos apelidam temos que saber resistir. "Noblesse oblige"!

Lisboa vai ficar ainda mais bela

No prosseguimento das obras espetaculares feitas pela Câmara de Lisboa no Terreiro do Paço e Ribeira das Naus, o executivo camarário acaba de apresentar o plano de intervenção no Cais do Sodré, Campo das Cebolas e Santa Apolónia, que vai propiciar uma maior ligação ao Tejo e fruição de uma zona ribeirinha, que, daqui a ano e meio, quando as obras estiverem concluídas será uma das mais belas do mundo, com impacto muito positivo para uma melhoria da oferta turística, já hoje relevante.
Quanto mais viajo pelo mundo, mais apaixonado sou por Lisboa.

Benfica perde; esta águia não está vocacionada para grandes voos

O Benfica perdeu, no seu estádio, a oportunidade de ficar em primeiro lugar no seu grupo, e, assim, poder aspirar a uma eliminatória menos difícil, evitando os "tubarões" que agora lhe poderão calhar.
Com esta equipa, fraca, comparativamente aos planteis de que dispôs Jorge Jesus, já foi uma façanha o apuramento para a fase seguinte.
Concordo com o Presidente do SLB, quando ele diz que os 400 milhões do acordo com a NOS são para reduzir o passivo, mas com o que vier do "naming" do Estádio da Luz, há que investir na equipa de futebol, que tem que ser reforçada em todos os setores, designadamente, na defesa, onde são precisos dois laterais e um central de qualidade.
De realçar esse novo "diamante" da formação de nome Renato Sanches. Mais lapidado, irá no futuro, dar muito dinheiro a ganhar ao Benfica, que o deve manter no plantel, mais dois a três anos, para depois poder fazer um grande encaixe com a sua venda.

Da Venezuela vem boas notícias

Contrariamente ao que aconteceu, ontem, em França, com a vitória da direita fascizante, da Venezuela vieram boas notícias, com a derrota esmagadora, nas urnas, de Nicolas Maduro e do "bolivarianismo chavista".
Esperemos que a transição se faça, sem choques, nem golpes, que visem derrotar o resultado das urnas. A situação que se vivia no País era uma tragicomédia política e económica. O falhanço total do Chavismo, ideologia que só sobrevivia com o petróleo a mais de 100 dólares o barril reabre agora uma ténue esperança de que o País retome a normalidade democrática.

A extrema direita neofascista avança ante a impotência da Europa

Marine Le Pen ganha a primeira volta das Regionais francesas e é a força mais votada em 6 importantes regiões francesas. Tudo isto perante o silêncio ensurdecedor, o imobilismo, a incompetência e falta de visão estratégica da União Europeia e dos seus principais líderes.
Dividida por interesses e egoísmos nacionais, esta Europa caminha para um desastre de condições incalculáveis, incapaz de fazer frente a todas as crises que tem enfrentado. Quando dizemos que a história não se repete, eis que as forças extremistas de direita avançam de uma forma larvar e progressiva. " QUO VADIS EUROPA"?

Atingimos a mais profunda baixeza no debate político

Logo após ter publicado a ultima mensagem sobre Ana Catarina Mendes, tive a minha caixa postal inundada de mensagens insultuosas, difamantes e falsas, não sobre a Catarina, mas contra o seu marido Paulo Pedroso. Lamentável. Abjeto.
Paulo Pedroso foi um dos políticos mais notáveis e promissores da sua geração. Ele, sim, podia hoje ser perfeitamente o líder do PS, se não tivesse sido vitima de uma tentativa de "assassinato" político através da acusação miserável que lhe fizeram, ligando-o á pedofilia. Com isso, chegou a estar preso, mas a justiça teve que o libertar por não existirem provas de tão monstruosa acusação. Pagou um preço altíssimo. Viu a sua carreira política, onde tudo poderia ambicionar, destruída. Mas os abutres da direita que estiveram na origem da sua destruição, não lhe dão paz. Não só não tem ponta de remorsos, como ainda querem fazer mais sangue.
Ana Catarina tem a sua vida política autónoma do seu marido. Sempre teve. Mas será bom que se sirva do seu conselho avisado, competente e inteligente. Se agora o fizer só tem a ganhar com isso, porque sem lhe tirar o muito mérito político que tem, o seu marido, Paulo Pedroso é dez vezes melhor do que ela. Deixem-se pois de mais cobardia e perpetrarem mais ataques soezes. Isto só demonstra a baixeza a que chegou o debate político, em Portugal.

Ana Catarina Mendes, a nova lider do PS

Numa saída à "Montesquieu", por proposta de Costa, o PS, à boa maneira do PC da Coreia do Norte, elegeu na sua Comissão Nacional, por 97% dos votos, Ana Catarina Mendes, como a nova líder do Partido, e uma nova Comissão Permanente, espécie de Secretariado do Comité Central. Será tudo isto, influenciado pela nova aliança com o PCP?
Espero que dê certo, mas não gosto destes "afunilamentos" políticos.

Morreu Marilia Pêra

Morreu uma das maiores atrizes de todos os tempos. No teatro, nas novelas, em filmes, Marília era um "monstro" na arte de representar.
Tive o privilégio de a ter conhecido, pessoalmente, de com ela ter partilhado momentos inesquecíveis que me foram proporcionados pelos meus e seus amigos Leonel Brizola e Vinícius de Moraes.
Inúmeras foram as vezes em que assisti, maravilhado, a muitas das suas fantásticas representações, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro.
Não só a dramaturgia brasileira perde um dos seus melhores e maiores, mas a perda é extensiva ao mundo da lusofonia.
 Marília, pelo seu talento, arte e profissionalismo ganhou o estatuto de Imortal.

400 milhões, a águia vai "engordar"!

O Sport Lisboa e Benfica acaba de celebrar um contrato multimilionário com a NOS para a utilização de todos os seus direitos televisivos. Indecoroso para um País como Portugal, mas fantástico para o SLB, que assim pode reduzir o seu passivo e voltar a investir na sua equipa de futebol, para voltar a poder vencer títulos nacionais e internacionais.
Vejam bem os lucros loucos que estas empresas têm, o que significa que os consumidores pagam muito mais do que deviam pagar, e, com isso, somos todos nós a financiar os clubes de futebol.
A águia pode bem engordar. Esperemos é que não engorde demasiado, para poder voltar a voar bem alto.

Contra Marcelo, marchar, marchar!

Empossado o Governo, os que querem uma nova política para Portugal, com menos austeridade, menos desigualdades, e mais crescimento e emprego, tem agora pela frente um mês e meio, para impedir que, com a eleição de Marcelo Rebelo de Sousa, a direita possa voltar ao poder, e com isso, resgatar a trajetória sádico liberal com que castigou os portugueses, sem que com isso tenha reduzido o deficit e a dívida.
Há, pouco mais de um mês, para evitar que o Palácio de Belém se venha a transformar numa espécie de segundo estúdio da TVI, para o Professor continuar a exercitar o seu "maquiavelismo", semeando a perturbação e a instabilidade na vida política dos portugueses.

O XXI Governo formal e finalmente empossado

O programa do governo foi aprovado, como se esperava. A moção de rejeição apresentada pela direita, foi chumbada, como já se sabia. O governo entra finalmente em funções. A partir de hoje, termina o período dos discursos e pronunciamentos tonitruantes, e chegou o tempo de se passar das palavras aos atos. É tempo de agir, sem delongas, nem desculpas. Governar é olhar em frente. Acabou o tempo das desculpas, com os antecessores. Importa mostrar e demonstrar que se está a governar para combater a pobreza, melhorar o emprego e o rendimento dos portugueses mais carenciados, bem como  modernizar o País no seu conjunto. Tudo isto, evitando um terceiro resgate da nossa economia.
Trata-se de uma tarefa hercúlea, mas quem quis governar, no atual contexto político, sabia ao que vinha. Os próximos cem dias são importantes para podermos fazer um primeiro balanço. Esperemos que tudo dê certo, porque se não der, quem perde são os portugueses, designadamente os mais carenciados.

Brasil, um gigante á beira do precipicio!

O Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, investigado no processo de corrupção da Petrobras, com o mandato em risco, decidiu abrir o processo de impeachement da Presidente Dilma Roussef, no momento em que o Conselho de Ética está a proceder a uma votação tendente ao seu afastamento.  Cunha tira assim desforço da posição dos deputados governistas que decidiram, hoje, votar favoravelmente o seu afastamento. A viver uma profunda crise económica, vive agora o Brasil a iminência de uma gravíssima crise política que empurrará o Brasil para um período dramático, com consequências económicas dramáticas, não só para o Brasil, como também para  a economia mundial.
Temos assim o gigante Brasil á beira do desastre. Para Portugal são noticias muito más.

Será que o pesadelo vai terminar?

No Parlamento, o discurso de apresentação do programa do governo trouxe-nos um primeiro ministro sereno, convicto e com determinação política, para que possamos recuperar alguma da esperança perdida. Ao propor entregar nos próximos cem dias cem milhões de euros ás empresas, oriundos dos fundos comunitários, António Costa vem contrariar os que diziam que o governo só ia atuar do lado da procura interna, sacrificando as empresas e o investimento.
Ao afirmar que a atualização do salário mínimo vai ser discutida na concertação social, retira os receios infundados da direita e do patronato, de que doravante o diálogo social seria ignorado.
Ao referir que os grandes investimentos em obras públicas devem depender de uma maioria qualificada de dois terços dos deputados, Costa retira o papão da derrapagem da despesa e do putativo clientelismo, que tantas e tantas malfeitorias trouxe em termos de corrupção e de esbanjamento de dinheiros públicos.
Depois de uma semana extremamente positiva para o governo, com o bom acolhimento que António Costa teve no Conselho Europeu, e também a boa aceitação da Comissão Europeia no diálogo com Mário Centeno, que a direita vendia como um Varoufakis á portuguesa, Bruxelas percebeu ter pela frente, talvez o Ministro das Finanças mais competente e melhor preparado desde a adesão á Comunidade Europeia, o discurso de Costa faz-nos pensar no final do pesadelo em que vivemos, nos últimos 4 anos.

"IMPRENSA MISERÁVEL"

Considero a liberdade de imprensa um principio fundamental da democracia e do estado de direito. Diria, mesmo, sagrado. Nada nem ninguém o poderá por em causa sem que de tal não resulte um atentado gravíssimo ao próprio sistema democrático. Mas, com a mesma gravidade da violação dessa liberdade, a libertinagem irresponsável de alguma comunicação social, tem que ser severamente punida, sem qualquer hesitação.
Hoje, o Correio da Manhã, traz em primeira página uma notícia, afirmando que "Juiza que absolveu Maria de Lurdes Rodrigues é próxima do PS". MISERÁVEL. Porque  toda e qualquer decisão do Tribunal da Relação não depende de um único magistrado. Pretende-se chafurdar num esgoto informativo, atacando, impunemente, um tribunal superior.
Porque razão o mesmo órgão de comunicação não escreveu que o Procurador que lidera o processo Face Oculta é próximo do PSD, ou da direita?
Acredito nas magistraturas e nos magistrados, que não vão pôr em causa as suas carreiras, por um mero aproveitamento político. No dia em que deixasse de acreditar, não poderia continuar a viver no meu País.
Mas esta mesma "imprensa" que há semelhança do que aconteceu, nos tempos do "Independente" de Paulo Portas, vive mancomunada com uma parte menos escrupulosa do sistema judicial, fez publicar um vídeo, miserável também, do interrogatório ao ex - ministro Miguel Macedo. Isto, transformou-se num autêntico "bordel", sem ofensa para muitas trabalhadoras sexuais, seguramente muito mais sérias do que a maior parte desta canalha que age impune e cobardemente, sob a proteção da liberdade de imprensa.
Razão tem Ferreira Fernandes, que na sua coluna de ontem, no DN, lhes chamava, polidamente, "badalhocos".
É hora das instituições da República, PR, 1ºMinistro, Ministra da Justiça, PGR e Conselhos Superiores das Magistraturas colocarem um ponto final nesta bandalheira, que mina gravemente os alicerces da democracia.

Só assim o mundo poderá vir a ser melhor

Depois de Bill Gates que se propõe mobilizar verbas astronómicas para serem aplicadas no combate emergente ao aquecimento global, é agora a vez do criador e patrão do Facebook, Marck Zuckerberg, e sua mulher Chan, virem anunciar, no dia de nascimento da primeira filha, Max, a doação de 99% das ações que detém, "para melhorar o mundo".
Pena é, não termos em Portugal fortunas iguais, mas os nossos mais ricos poderiam, á sua escala, seguirem o exemplo que vem do outro lado do Atlântico

Nobel da economia apoia as opções de Mário Centeno

Numa interessante e importante conferência que teve lugar, hoje, na Fundação Calouste Gulbenkian, o prémio Nobel da economia Joseph Stiglitz deu um importante apoio ás políticas de Mário Centeno.
Em véspera de discussão do programa do governo, Costa não poderia ter um melhor "padrinho".

Encerramento dos jornais "Sol" e "I"

Só lamento as cento e tal vítimas (os trabalhadores despedidos) de empresários arrivistas e sem escrúpulos, que investem na comunicação social enquanto instrumento que possa otimizar os seus investimentos e interesses, muitas vezes ínvios.

Menos poluição

Num momento em que decorre em Paris a importantíssima Conferência do Clima, Portugal dá o seu primeiro contributo: - o encerramento dos jornais "Sol" e "I". Teremos menos emissão de notícias que contribuem para a nociva contaminação da informação e para uma maior poluição da nossa vida coletiva.

Maria de Lurdes Rodrigues, absolvida.

O Tribunal da Relação de Lisboa acaba de absolver Maria de Lurdes Rodrigues. Felizmente, as instâncias superiores da Judicatura julgam e decidem sem serem permeáveis ás manipulações de alguma "comunicação social" abjeta e à politização de parte do Ministério Público, que conseguem condicionar e influenciar, negativamente, juízes da 1ª instância.
Fez-se assim justiça a uma mulher cujo estilo e ação política não admirei, mas  de cuja honra e seriedade nunca duvidei. Pagou um preço altíssimo por ter afrontado cânones e interesses instalados, com grande peso na vida portuguesa.
Regozijo-me pelo fato de lhe ter sido feita justiça. Embora ninguém repare as malfeitorias que lhe foram feitas, e os danos pessoais, familiares, políticos e profissionais que lhe foram causados.
Resta a satisfação de deixar intocável a principal herança que podemos deixar na vida - a Honra!

Arménio Carlos, o "notário" do novo governo?

O atual líder da CGTP, vem intensificando o seu militantismo e as suas intervenções tentando condicionar, à nascença, a ação do novo governo. Se nos ativermos ás exigências do PCP, plasmadas no acordo com o PS, verificamos estar em presença "ipsis verbis" do caderno reivindicativo da central de inspiração comunista. Quanto a isso nenhuma surpresa, nem nada a dizer, desde que o governo PS se mantenha fiel à importância da concertação social, e ao principio do tratamento igual de todos os parceiros económicos e sociais.
Mas eis que o prolixo Arménio Carlos vem agora garantir publicamente a aprovação do próximo orçamento de estado. Será que estamos em presença do novo notário do governo do PS?

Netanyahu, um dos responsáveis pela existência do Estado Islâmico

São muitas as causas para a existência e capacidade de proselitismo do Estado Islâmico e do Jiadismo. Embora nada justifique o terrorismo, urge analisar as razões de ordem endógena e exógena que contribuem para o agravamento do fenómeno terrorista, que por mais bombas que despejem na Síria e no Iraque, não será destruído. Uma das causas está na impunidade de que goza no mundo e instituições ocidentais, o inominável Primeiro-Ministro de Israel. No seu ultimo discurso afirmou: " Não concederei nem um metro de território aos palestinos". Este lamentável comportamento de Netanyahu, e a incapacidade dos EEUU, União Europeia e Rússia em resolver o conflito israelo-árabe, temos nestes discursos e na manutenção desse lamentável conflito, a melhor incubadora de "jiadismo" e "jiadistas", dispostos ao martírio deles e nosso.

Portugal e Espanha, que diferença!

Assisti, ontem, ao debate organizado pelo "El País", entre os candidatos do "Podemos", "Ciudadanos" e "PSOE" ás próximas eleições legislativas em Espanha. Um grande debate em todos os aspetos, mas, fundamentalmente, pelo comportamento exemplar dos três candidatos ao longo do debate, o que indicia que em Espanha, com estes protagonistas, haverá uma nova política, mais entusiasmante, atrativa e mobilizadora do eleitorado.
Como português, comparando esse debate, com os debates a que acabamos de assistir, na ultima campanha eleitoral, senti-me envergonhado.

Cavaco ressabiado, Costa a reforçar um tempo novo

Esperemos que Cavaco saiba assumir o final de mandato com honra, mas tendo em conta o discurso ressabiado de Cavaco, teremos, certamente, 3 meses  de difícil relacionamento institucional.
Pelo discurso de António Costa, um discurso denso, profundo, inteligente e hábil, os portugueses poderão olhar o futuro com esperança renovada.
Agora, é tempo de PS, PCP, BE e PEV não desiludirem os portugueses, porque o futuro e sucesso do próximo governo dependerá do sentido de responsabilidade das forças politicas a quem cabe a sustentação deste governo.
Se as palavras de Costa tiverem na ação e prática governativa a respetiva concretização, teremos futuro. "Haverá vida para além do deficit".

Um Cavaco ressabiado; Costa devolvendo esperança aos portugueses

A tomada de posse do XXI Governo Constitucional ficou manchada por mais uma intervenção infeliz e ressabiada de Cavaco Silva a prenunciar três meses de difícil relacionamento institucional. Esperemos que o Presidente da Republica saiba acabar o seu mandato com um mínimo de honra e dignidade, embora pelas suas palavras possamos esperar o pior.
Em contrapartida, António Costa brindou-nos com um discurso denso, profundo, hábil e restaurador de esperança quanto ao futuro.
Importa agora passar das palavras aos actos, e que a eficácia do discurso de posse tenha tradução na acção governativa.
Agora é tempo de PS, PCP, BE e PEV assumiram as suas responsabilidades políticas, não enfatizando as suas diferenças programáticas, convergindo em tudo o que possa garantir aos portugueses um futuro de esperança, com mais emprego, mais crescimento económico, melhor desenvolvimento e, priorizando o combate à exclusão e á pobreza.

Época de "milagres", agora no Montepio, com a aliança entre a Maçonaria e a Opus Dei

Depois entendimento à esquerda, que deu origem ao governo de António Costa, o grande derrotado das eleições legislativas, autêntico milagre político, eis que nas eleições para o Montepio, João Proença, - o maior aliado de Passos Coelho durante o período em que os portugueses foram martirizados, com uma austeridade cega e excessiva - alia-se a Bagão Félix, imagine-se, para disputarem a direção da Associação Mutualista.
Depois de Passos o ter premiado, colocando-o no AICEP, depois de se ter candidato à liderança do Conselho Económico e Social, depois de ter sido convidado para assessor ou conselheiro de Durão Barroso, depois de ter sido convidado pelo ministro do trabalho do CDS para integrar um comité para o assessorar, João Proença não pára. Desempregado na política, ele, maçon, alia-se a Bagão Félix da Opus Dei á procura de "tacho" no Montepio. É o despudor total. Os atenienses chamavam a esta ganância a "hubris", que esteve na origem da morte da democracia na antiga Grécia.

Constitucionalmente correto, politicamente,,,

António Costa assume a liderança do novo governo numa solução constitucionalmente irrepreensível.
Mas, "não há bela sem senão": politica e eticamente, essa solução é questionável. Porquê? Porque se o eleitorado imaginasse esta aliança á esquerda, a direita teria tido maioria absoluta. Que ninguém o duvide.
Agora, Costa tem 4 anos para acabar com qualquer resistência do eleitorado do centro que votou PS, a uma nova solução idêntica, acabando com a discriminação e o "papão" que existia em relação ao PCP e BE.
Se o conseguir, António Costa ficará na história como o Homem que conseguiu transformar uma derrota eleitoral, numa vitória política, que pôs fim à absurda ostracização dos partidos á esquerda do PS.

Um governo da "familia" de Costa

Conhecida a lista final dos novos ministros e secretários de estado, estamos em presença de um governo que não é minoritário do PS; é mais minoritário ainda, já que é constituído pela "família" política de Costa, e por outras famílias e amigos seus. Uma parte significativa do PS, que não andou no "beija mão" a Costa, e que tem gente extremamente competente, foi colocada em "set aside".
Esperemos que tanta homogeneidade política dê bons resultados. Porque, se não der, será todo o PS a perder e a sofrer.

Cavaco Silva a tomar omoprazol

O Presidente da República tudo fez para obstaculizar a posse deste governo, Chegou ao ponto de fazer exigências a António Costa que não fez a Passos Coelho. Este foi indigitado sem que Sua Excelência se preocupasse com a aprovação do primeiro orçamento de Estado, nem com a governabilidade. Catarina Martins, com dureza, disse bem: "Cavaco comportou-se como um chefe de seita".
Desta vez não lhe foi possível ignorar a Constituição que jurou respeitar.
O dia é de profunda azia para o ocupante de Belém. Nada que um pantaprazol não ajude a superar.
Mas que ninguém tenha dúvidas: o final de mandato vai ser de muitos vómitos e graves convulsões gástricas.

Um governo PS apoiado pela esquerda mais radical

Uma nova página abre-se hoje na vida política portuguesa, com a saída do PSD e do CDS/PP do arco da governação e a entrada surpreendente do PCP, PEV e Bloco de esquerda, partidos de protesto, até à data, nesse mesmo "arco".
Nasce assim uma leve esperança, num novo ciclo menos austero e socialmente mais justo.
António Costa não pode falhar. Se o fizesse, assistiríamos à "Pasokização" do PS, e ao regresso da direita ao poder, por muitos anos.
Os nomes indicados para o novo governo são, salvo raras exceções, os fieis de Costa; os seus íntimos e leais "escudeiros".
Aguardemos que tanta fidelidade seja augúrio de um executivo homogéneo e, sobretudo, competente,