quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Cavaco ressabiado, Costa a reforçar um tempo novo

Esperemos que Cavaco saiba assumir o final de mandato com honra, mas tendo em conta o discurso ressabiado de Cavaco, teremos, certamente, 3 meses  de difícil relacionamento institucional.
Pelo discurso de António Costa, um discurso denso, profundo, inteligente e hábil, os portugueses poderão olhar o futuro com esperança renovada.
Agora, é tempo de PS, PCP, BE e PEV não desiludirem os portugueses, porque o futuro e sucesso do próximo governo dependerá do sentido de responsabilidade das forças politicas a quem cabe a sustentação deste governo.
Se as palavras de Costa tiverem na ação e prática governativa a respetiva concretização, teremos futuro. "Haverá vida para além do deficit".

Um Cavaco ressabiado; Costa devolvendo esperança aos portugueses

A tomada de posse do XXI Governo Constitucional ficou manchada por mais uma intervenção infeliz e ressabiada de Cavaco Silva a prenunciar três meses de difícil relacionamento institucional. Esperemos que o Presidente da Republica saiba acabar o seu mandato com um mínimo de honra e dignidade, embora pelas suas palavras possamos esperar o pior.
Em contrapartida, António Costa brindou-nos com um discurso denso, profundo, hábil e restaurador de esperança quanto ao futuro.
Importa agora passar das palavras aos actos, e que a eficácia do discurso de posse tenha tradução na acção governativa.
Agora é tempo de PS, PCP, BE e PEV assumiram as suas responsabilidades políticas, não enfatizando as suas diferenças programáticas, convergindo em tudo o que possa garantir aos portugueses um futuro de esperança, com mais emprego, mais crescimento económico, melhor desenvolvimento e, priorizando o combate à exclusão e á pobreza.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Época de "milagres", agora no Montepio, com a aliança entre a Maçonaria e a Opus Dei

Depois entendimento à esquerda, que deu origem ao governo de António Costa, o grande derrotado das eleições legislativas, autêntico milagre político, eis que nas eleições para o Montepio, João Proença, - o maior aliado de Passos Coelho durante o período em que os portugueses foram martirizados, com uma austeridade cega e excessiva - alia-se a Bagão Félix, imagine-se, para disputarem a direção da Associação Mutualista.
Depois de Passos o ter premiado, colocando-o no AICEP, depois de se ter candidato à liderança do Conselho Económico e Social, depois de ter sido convidado para assessor ou conselheiro de Durão Barroso, depois de ter sido convidado pelo ministro do trabalho do CDS para integrar um comité para o assessorar, João Proença não pára. Desempregado na política, ele, maçon, alia-se a Bagão Félix da Opus Dei á procura de "tacho" no Montepio. É o despudor total. Os atenienses chamavam a esta ganância a "hubris", que esteve na origem da morte da democracia na antiga Grécia.

Constitucionalmente correto, politicamente,,,

António Costa assume a liderança do novo governo numa solução constitucionalmente irrepreensível.
Mas, "não há bela sem senão": politica e eticamente, essa solução é questionável. Porquê? Porque se o eleitorado imaginasse esta aliança á esquerda, a direita teria tido maioria absoluta. Que ninguém o duvide.
Agora, Costa tem 4 anos para acabar com qualquer resistência do eleitorado do centro que votou PS, a uma nova solução idêntica, acabando com a discriminação e o "papão" que existia em relação ao PCP e BE.
Se o conseguir, António Costa ficará na história como o Homem que conseguiu transformar uma derrota eleitoral, numa vitória política, que pôs fim à absurda ostracização dos partidos á esquerda do PS.

Um governo da "familia" de Costa

Conhecida a lista final dos novos ministros e secretários de estado, estamos em presença de um governo que não é minoritário do PS; é mais minoritário ainda, já que é constituído pela "família" política de Costa, e por outras famílias e amigos seus. Uma parte significativa do PS, que não andou no "beija mão" a Costa, e que tem gente extremamente competente, foi colocada em "set aside".
Esperemos que tanta homogeneidade política dê bons resultados. Porque, se não der, será todo o PS a perder e a sofrer.

terça-feira, 24 de novembro de 2015

Cavaco Silva a tomar omoprazol

O Presidente da República tudo fez para obstaculizar a posse deste governo, Chegou ao ponto de fazer exigências a António Costa que não fez a Passos Coelho. Este foi indigitado sem que Sua Excelência se preocupasse com a aprovação do primeiro orçamento de Estado, nem com a governabilidade. Catarina Martins, com dureza, disse bem: "Cavaco comportou-se como um chefe de seita".
Desta vez não lhe foi possível ignorar a Constituição que jurou respeitar.
O dia é de profunda azia para o ocupante de Belém. Nada que um pantaprazol não ajude a superar.
Mas que ninguém tenha dúvidas: o final de mandato vai ser de muitos vómitos e graves convulsões gástricas.

Um governo PS apoiado pela esquerda mais radical

Uma nova página abre-se hoje na vida política portuguesa, com a saída do PSD e do CDS/PP do arco da governação e a entrada surpreendente do PCP, PEV e Bloco de esquerda, partidos de protesto, até à data, nesse mesmo "arco".
Nasce assim uma leve esperança, num novo ciclo menos austero e socialmente mais justo.
António Costa não pode falhar. Se o fizesse, assistiríamos à "Pasokização" do PS, e ao regresso da direita ao poder, por muitos anos.
Os nomes indicados para o novo governo são, salvo raras exceções, os fieis de Costa; os seus íntimos e leais "escudeiros".
Aguardemos que tanta fidelidade seja augúrio de um executivo homogéneo e, sobretudo, competente,