quarta-feira, 20 de julho de 2016

Brasil: a Lei da greve é de loucos. O Brasil é o único país do mundo onde a greve é paga pelos empregadores privados e públicos, o que faz com que o exercício desse direito que em toda a parte é a ultima forma de luta, forçando a negociação coletiva, no Brasil seja a primeira. Há sectores de actividade com greves de meses e até anos, porque os trabalhadores não trabalham e ficam recebendo. Neste momento há greves de professores em escolas estaduais há três meses. Os alunos com exames nacionais em Novembro vêem o seu direito à educação espezinhado. Existe recurso judicial para os tribunais de trabalho com a burocracia pesada e subsequente morosidade das decisões, a quem compete avaliar se a greve é legal, ou ilegal. Se vier a ser considerada ilegal, os trabalhadores tem que repor os dias perdidos em trabalho extraordinário. No caso do ensino se a greve em apreço fosse considerada ilegal os alunos, até aos exames nacionais teriam que ter 12 horas de aulas por dia, com fins de semana incluídos para reporem a matéria em atraso, até ao dia dos exames (ENEM). É a loucura completa. Não hã nenhuma economia que resista; não há empresas que possam manter a produtividade e competitividade, com leis esquizofrénicas, como a Lei da Greve, no Brasil. O País do Carnaval tão bem ilustrado pela pena de Jorge Amado, não cresce, nem ganha juízo. Não há commodities, nem riquezas naturais que cheguem para suportar tamanhas loucuras. Os governos entram e saem, mas não mexem nesta Lei, igualando-a com o que se passa em todo o mundo, onde as Convenções da OIT são respeitadas. Agora é a vez do governo "golpista"de Temer vir mexer nas leis trabalhistas, mantendo inalterável essa monstruosidade política e económica. No País do Carnaval, há medida que os "mascarados" vão sendo desmascarados, o essencial não muda, só muda o que é acessório.
























http://www.brasilpost.com.br/2016/07/20/temer-reforma-trabalhista_n_11090636.html?utm_hp_ref=brazil

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