sábado, 12 de dezembro de 2015

A guerra já está instalada entre o PCP e o Bloco de esquerda

Já se sabia que PCP e Bloco de Esquerda disputam eleitor a eleitor para serem a força mais representativa à esquerda do PS, posição hoje ocupada pelo BE, e anteriormente, pelo PCP.
A rivalidade é de tal ordem que por isso não foi possível a assinatura de um protocolo único de apoio ao governo PS.
Tínhamos plena consciência que esse combate político iria ser contundente, lá para meados da legislatura, com cada uma dessas forças a apresentar propostas mais radicais e fraturantes do que a outra, para com isso potenciar o respetivo proselitismo. O que não esperávamos é que isso começasse uma semana após o inicio em funções do novo governo. No seu programa, o PS defendia que o salário mínimo atingisse os 600 Euros até ao fim da legislatura. O BE discordou, mas na defesa da estabilidade do governo, que está a dar os primeiros passos, aceita o gradualismo da proposta socialista. O PCP, para entalar o BE, avançou já com uma proposta, no Parlamento, de aumento imediato para esses seiscentos euros, mas, com esta "guerrilha" quem mais poderá ser entalado é António Costa e o seu governo. Isto, nada augura de bom para a saúde e longevidade do novo executivo.

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