sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

A TAP não é só negócio; Costa tem razão.

Foi vergonhoso que um governo em gestão, chumbado no Parlamento, tenha assinado o contrato de venda da TAP, a um empresário americano/brasileiro, prolixo, e um pouco aventureiro, e a um testa de ferro português, Humberto Pedrosa, dono da Barraqueiro e concessionário da Fertagus, Metro Sul do Tejo, etc. Não que a TAP não deva abrir o seu capital á iniciativa privada e ao capital nacional, ou internacional, mas dada a sua transcendência estratégica para um país, com uma enorme diáspora espalhada pelo mundo, ( que continua a enviar para a sua pátria, anualmente, milhares de milhões de euros), que visita Portugal com frequência, com uma parcela insular do seu território, com a sua ligação aos PALOP, e com a importância estratégica de não abrir mão do aeroporto de Lisboa, como um "hub", o estado português não pode abrir mão do controle da empresa. Os privados podem ficar com 49%, quiçá com o controle de gestão, mas a TAP não pode ser vista, somente, na perspetiva de negócio. Para Portugal é uma peça importante da nossa soberania. Daí, não se perceber bem a pressão publica e politica que os senhores David Neelman, Humberto Pedrosa e Fernando Pinto estão a fazer, para manter uma posição que lhes foi outorgada de forma precária e inaceitável, num processo que teve tudo, menos transparência negocial.
António Costa, hoje, em Bruxelas, respondeu-lhes bem: - "Com negociação ou sem negociação o estado português não abrirá mão da maioria de capital, na TAP".

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