quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Será que o pesadelo vai terminar?

No Parlamento, o discurso de apresentação do programa do governo trouxe-nos um primeiro ministro sereno, convicto e com determinação política, para que possamos recuperar alguma da esperança perdida. Ao propor entregar nos próximos cem dias cem milhões de euros ás empresas, oriundos dos fundos comunitários, António Costa vem contrariar os que diziam que o governo só ia atuar do lado da procura interna, sacrificando as empresas e o investimento.
Ao afirmar que a atualização do salário mínimo vai ser discutida na concertação social, retira os receios infundados da direita e do patronato, de que doravante o diálogo social seria ignorado.
Ao referir que os grandes investimentos em obras públicas devem depender de uma maioria qualificada de dois terços dos deputados, Costa retira o papão da derrapagem da despesa e do putativo clientelismo, que tantas e tantas malfeitorias trouxe em termos de corrupção e de esbanjamento de dinheiros públicos.
Depois de uma semana extremamente positiva para o governo, com o bom acolhimento que António Costa teve no Conselho Europeu, e também a boa aceitação da Comissão Europeia no diálogo com Mário Centeno, que a direita vendia como um Varoufakis á portuguesa, Bruxelas percebeu ter pela frente, talvez o Ministro das Finanças mais competente e melhor preparado desde a adesão á Comunidade Europeia, o discurso de Costa faz-nos pensar no final do pesadelo em que vivemos, nos últimos 4 anos.

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