quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

BES/NOVO BANCO: a catástrofe continua; agora veio o "calote".

Depois do estado ter entrado com quase cinco mil milhões, no momento da resolução, que vão custar largos milhões aos contribuintes, e de na semana passada ter havido mais uma fatura de três mil milhões do Banif; eis que, ontem,o  Banco de Portugal, transfere dois mil milhões de obrigações seniores do BES bom para o BES mau, no valor de dois mil milhões, para que o estado não tivesse que entrar com esse valor, no aumento de capital exigido por Bruxelas.
Desta vez não são os acionistas nem os depositantes a perder -  já não podiam perder mais -, mas sim os credores institucionais do banco, ou seja, o que na gíria se chama um "calote".
¿Como é possível uma tragédia financeira desta dimensão acontecer, depois do Presidente da Republica, do primeiro-ministro, da ministra das finanças, do governador do Banco de Portugal nos andarem a garantir a boa saúde do sistema financeiro português?
Recordam-se ter sido esta a questão transcendente posta por Cavaco a Costa para o empossar?
O que é que esta canalha andou a fazer? A brincar com todos nós,numa atitude altamente condenável num estado  democrático de direito, pela qual deveriam responder, política, civil e criminalmente.
Agora, não são os contribuintes que vão pagar, são os credores, mas o custo deste calote, terá custos imensos junto dos investidores internacionais, que passarão a olhar para nós como olhavam para os argentinos. Num momento em que a divida das empresas é maior do que a dívida pública, não haverá capital estrangeiro a emprestar ás nossas empresas o que quer que seja.
Um verdadeiro desastre; uma tragédia. Isto, para já nem falar das dezenas de processos que serão instaurados nos tribunais nacionais e internacionais contra o estado, e que acabarão por ter custos imensos.

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