domingo, 20 de dezembro de 2015

FMI e a dívida portuguesa; a Troika andou a brincar conosco.

Tantos ataques sofri, nas redes sociais quando, há 4/5 anos, publiquei artigos de opinião em jornais de referência dizendo, que jamais sairíamos do buraco em que estávamos, e conseguiríamos cumprir o que os credores nos exigiam, sem uma reestruturação de parte da nossa dívida. Irresponsável, aventureiro, esquerdista, foram os adjetivos mais simpáticos com que fui brindado. O governo subserviente da direita andou de gatas, lambendo as botas dos que nos estavam a impor uma receita, em que não morrendo da doença morreríamos da cura. Isto, para não falar dos "opinadores" económicos, com o inefável José Gomes Ferreira á cabeça, a massacrarem-nos com as virtualidades e a inevitabilidade da austeridade cega a que nos estávamos a submeter. Hoje, depois dessas medidas, temos uma dívida pública maior do que a que tínhamos quando começou o chamado programa de assistência, a classe média destruída, serviços essenciais, como a saúde, segurança social e justiça, de pantanas, o desemprego e a precariedade incontroláveis, e "last but not the least" a emigração maciça de milhares dos nossos jovens e quadros melhor preparados.
Agora, aparece o FMI a dizer o que este irresponsável dizia á época: -"Foi um erro ter-se iniciado o programa de assistência a Portugal, sem se ter reestruturado primeiro uma parte da divida portuguesa.
O triste foi ter sido necessário fazerem-nos tantas malfeitorias e deixarem a nossa economia em estado de coma, para chegarem a uma conclusão tão óbvia, desde o inicio.

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